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domingo, 7 de junho de 2009

Fichamento do livro: O Peregrino e o Covertido

1 Introdução: Uma parábola da modernidade religiosa
1.1 No século passado a Igreja era o ponto de referência das comunidades. Hoje, essas Igrejas servem apenas para que suas características culturais sejam admiradas.
1.2 Parece que o mundo religioso desapareceu, o culto hoje é do corpo, a questão da legitimidade ficou para trás.
1.3 Um novo paradoxo surge e indica que a razão científica e técnica também são consideradas religiões.
1.4 A religião exilada
1. 4.1 Após a Segunda Guerra Mundial um interesse sociológico pela religião se expandiu.
1.4.2 Os pesquisadores (sociológicos) chegaram a acreditar que a religião foi expulsa da modernidade.
1.5 Da “religião perdida” à “religiosidade em toda parte”
1.5.1 A religião deixou de seu um prisma racional e passou por um processo de recomposição das crenças.
1.5.2 Tais crenças pertencem ao crer contemporâneo. A sociologia das religiões foi elaborada primeiramente para se analisar o funcionamento da esfera religiosa.
1.5.3 Para os Gregos a noção de Deus não remete à fé, ao sobrenatural, a Igreja, ao divino, etc. Para eles os deuses são humanos acima deles.
1.6 No coração da “religião”: a linhagem dos que crêem
1.6.1 Qualquer que seja a crença pode ser vista como uma religião, desde que haja uma tradição para esse crer, masnão basta crer em Deus para ser um homem religioso.
1.6.2 A religião separa os homens em uma comunidade que tem a mesma ideologia, e os distancia dos que não pertencem a ela.
1.6.3 Na oposição clássica a religião está em toda parte, já na modernidade se concentra em uma esfera com um enfraquecimento contínuo.
2 A religião despedaçada: Reflexões prévias sobre a modernidade religiosa
2.1 O que é a modernidade?
2.1.1 A modernidade evoca a racionalidade, mas nos estamos longe cientificamente de sermos totalmente racionais, mesmo assim a racionalidade mobiliza as sociedades modernas.
2.2 Sociedades “laicizadas”
2.2.1 As sociedades estão cada vez mais laicizadas, isso quer dizer que não cumprem vigorosamente as regras da Igreja.
2.2.2 Na modernidade a religião não é mais imposta à todos, agora é uma questão de opção pessoal.
2.3 O paradoxo religioso das sociedades seculares
2.3.1 As sociedades modernas vivem em um estado de antecipação, a dinâmica da modernidade valoriza a inovação.
2.3.2 As instituições religiosas continuam a perder sua capacidade social e cultural de impor e regular as crenças e as praticas.
2.3.4 A secularização é o conjunto dos processos de reconfiguração das crenças que se produzem, onde a sociedade é o motor e a condição cotidiana é a incerteza e a busca por satisfação.
2.4 A “bricolagem” das crenças
2.4.1 A descrição da modernidade religiosa se organiza a partir da tendência do individualismo e da subjetividade das crenças religiosas.
2.4.2 Em muitas sociedades existem os crentes não praticantes, e entre eles estão principalmente a população que se declara católica e protestante.
2.4.3 Surgem os cristão à sua maneira, é a passagem de uma religião instituída a uma religião composta, ou seja, os indivíduos retém as praticas e as crenças que lhes convêm.
2.4.4 A tendência típica do panorama religioso contemporâneo é a ruptura das crenças ortodoxas que acompanha o laço das práticas obrigatórias.
2.5 Diferentes “aptidões para a bricolagem”
2.5.1 Os indivíduos desfavoráveis de uma riqueza econômica e cultural tem uma tendência à de-sibologização das crenças.
2.5.2 Há um certo crescimento na crença no diabo, surgindo os grupos satânicos.
2.5.3 Os requerentes do exorcismo querem alguém que tenha poder, que tenha competência de dominar as forças sobrenaturais e a Igreja, agora agindo mais racionalmente já quase não alimenta a crença pelo exorcismo.
2.5.4 Geralmente os indivíduos que procuram o exorcismo são pessoas em situação de vulnerabilidade psicológica, quase sempre sem condições econômicas e culturais para enfrentar a situação.
2.6 Ruína da crença e desregulação da religião
2.6.1 As instituições religiosas controlam cada vez menos as práticas, e estão cada vez mais distantes dos modelos estabelecidos.
2.6.1 As crenças estão se disseminando e a religião se descaracterizando com um confronto com o individualismo.
2.6.2 As instituições religiosas ainda não perderam toda capacidade de contribuir na formação de identidades sociais, mas a disseminação das crenças coexiste com a preservação destas identidades.
2.6.3 Nos países em que a capacidade reguladora das instituições religiosa é mais fraca é que a ruptura com a fé e as referencias religiosa é mais visível.
2.7 Ecumenismo de valores e reafirmação da identidade
2.7.1 As religiões tendem a apresentar-se como uma matéria-prima simbólica que servem como desdobramentos de acordo com o interesse dos grupos seguidores delas.
2.7.2 A crise que atinge todas as igrejas não está relacionado à perda do plausibilidade do conteúdo das crenças que elas difundem.
2.7.3 Os sistemas religiosos vem perdendo sua credibilidade.
3 O fim das identidades religiosas herdadas
3.1 O contexto da disseminação das crenças mobiliza instituições religiosas e pesquisadores sobre todos os aspectos do futuro das religiões na modernidade.
3.1.1 A “crise” da transição
3.1.2 A transição dos valores das instituições é sua condição de sobrevivência no tempo.
3.1.3 A continuidade das crenças marcam a entrada do jovem na comunidade colocando as novas gerações em oposição às antigas.
3.1.4 As lacunas na crise de transição representam rupturas culturais que atingem profundamente a identidade social.
3.1.5 A família (instituição de socialização) é a que mais sofre com as implicações sociais e psicológicas.
3.1.6 Para evitar o afastamento das gerações jovens, as instituições religiosas empenham em utilizar métodos mais eficazes de comunicação de sua mensagem.
3.2 A construção individual da continuidade da crença
3.2.1 As instituições religiosas enfrentam as implicações de mutação cultural porque a transmissão envolve aquilo que está na própria gênese de sua existência.
3.2.3 A crise de transição de religião existe porque as sociedades modernas são cada vez menos sociedades de memória.
3.2.4 No ambiente da religião, a capacidade do indivíduo para elaborar seu próprio universo de normas e valores a partir de sua experiência singular, tende a impor-se.
3.2.5 Os indivíduos constroem sua própria identidade sociológica a partir dos seus diversos recursos simbólicos.
3.3 As dimensões da identificação
3.3.1 A dimensão comunitária representa o conjunto das marcas locais e simbólicas que definem as fronteiras do grupo religioso. A igreja fixa obrigações mínimas às seus fiéis, já a seita impõe ao novo ingressante uma mudança radical de sua própria vida.
3.3.2 A dimensão ética é a aceitação por parte do indivíduo dos valores religiosos à mensagem religiosa trazida pela tradição particular.
3.3.3 A dimensão cultural reúne o conjunto dos elementos cognitivos, simbólicos e práticos que constituem o patrimônio de uma tradição particular.
3.3.4 A dimensão emocional diz respeito à experiência afetiva associada à identificação.
3.4 Para uma cartografia das trajetórias de identificação
3.4.1 Cada uma das dimensões da identificação pode tornar-se ela mesma o eixo de uma possível construção ou reconstrução da identidade religiosa colocando a trajetória individual pertence a lógica que corresponde a diferentes combinações que traçam no próprio seio de cada tradição uma constelação de identidades religiosas.
3.5 De algumas modalidades de identificação ao cristianismo entre os jovens
3.5.1 Muitos jovens vão à manifestações religiosas somente pela empolgação e não pelo verdadeiro sentido religioso e muitas vezes a ida à estas manifestações representam para eles uma interação social e cultural.
3.5.2 Outro tipo de identificação é o engajamento de jovens em associações humanitárias, agem por compaixão e solidariedade e o reconhecimento de um enraizamento cultural combinado com a aceitação de um conjunto de valores universais que da fundamento à identidade.
4 Figuras do religioso em movimento: O peregrino
4.1 O praticante e o peregrino
4.1.1 O praticante regular é a figura típica do mundo religioso que se insere na civilização paroquial e está associada a existência de identidades religiosas fortemente constituídas.
4.1.2 A figura do praticante regular corresponde a um período típico do catolicismo, marcado pela extrema centralidade do poder clerical e pela forte territorialidade das pertenças comunitárias
4.1.3 Hoje a realidade é um mundo diferenciado onde a capacidade de influência da Igreja sob a sociedade é questionado.
4.1.4 A diminuição da prática religiosa testemunha a crise da observância controlada institucionalmente em uma sociedade de indivíduos e demonstra um esgotamento da utopia religiosa.
4.1.5 O convertido é a melhor figura que cristaliza a mobilidade características de uma modernidade religiosa constituída à partir de experiências pessoais.
4.2 Religiosidade peregrina: uma metáfora do religioso em movimento
4.2.1 Inicialmente o peregrino remete de maneira metafórica, à influência dos percursos espirituais, individuais, em seguida corresponde a uma forma de sociabilidade de religiosa em plena expansão.
4.2.2 A religiosidade peregrina se caracteriza pela fluidez dos conteúdos de crenças que elabora e pela incerteza das pertenças comunitárias às quais pode dar lugar.
4.3 Uma sociabilidade peregrina: o laboratório taiziano
4.3.1 A comunidade ecumênica Taizé, criada pelo pastor Roger Scutz em 1940, tornou-se em 1960 um local de atração para os jovens.
4.3.2 Taizé constitui um importante traço de união entre diferentes juventudes, uma rede de contatos planetários e um fórum de encontros intercontinentais.
4.3.3 Em Taizé a utopia de peregrinação é realizada através da presença permanente na comunidade e no congresso anual.
4.3.4 As formas litúrgicas de Taizé permitem transcender emocionalmente a extrema diversidade dos participantes e enraizar essa diversidade em uma tradição crente em comum.
4.3.5 O objeto explícito da comunidade é fomentar nos jovens a aspiração a formar um nós – aspirações que está presente em todos congressos da juventude.
4.4 Dois modelos opostos de sociabilidade
4.4.1 O praticante: prática obrigatória, regida pela instituição, fixa, comunitária, territorializada, figura ligada à estabilidade territorial
4.4.2 O peregrino: prática voluntária, autônoma, variável, individual, móvel, excepcional, que permite dedicação subjetiva diferenciada.
4.4.3 Peregrinação define um movimento de intensidade religiosa que não se insere nos ritmos da vida ordinária e rompe com o ordenamento regular do tempo e das observâncias práticas.
4.5 A institucionalização da prática peregrina
4.5.1 A experiência de Taizé realizada a vinte anos atrás tornou-se uma fórmula experiente de sociabilidade religiosa que tende a tornar-se familiar hoje.
4.5.2 As Jornadas Mundiais da Juventude alinhou-se com a prática de Taizé e contribuiu para as assembléias reunidas pela emoção, na qual a dinâmica coletiva do entusiasmo coloca-se a serviço da identificação pela crença.
4.6 Sociabilidade peregrina e gestão institucional do pluralismo: exemplo das JMJ
4.6.1 As catequeses contribuíam para tornar visíveis as diferenças ideológicas e teológicas internas do catolicismo.
4.6.2 Os agrupamentos em massa como o Champ-de-mares e o Longchamp permitiam (através do simbolismo litúrgico) a transmutação dessa unidade efetiva para um nós comunitário.
4.6.3 O papa é aquele que se desloca ao encontro das multidões, aquele para o qual elas convergem e aquele que reenvia os peregrinos.
4.6.4 A paróquia envolve a totalidade do espaço e a utopia peregrina coloca em evidência a presença transumante do catolicismo em escala planetária.
5 Figuras do religioso em movimento: O convertido
5.1 A figura do convertido é aquela que oferece a melhor perspectiva para identificar os processos da formação das identidades religiosas (pág. 107)
5.1.2 O movimentos de renovação espiritual é acompanhados por uma reconquista de interesse pelas grandes tradições religiosas.
5.2 A tríplice figura do convertido
5.2.1 Geralmente a mudança de religião é dada porque a religião anterior não dá as respostas as angústias reais dos indivíduos.
5.2.3 A conversão dos indivíduos que nunca pertenceram à nenhuma religião marca o ingresso em um universo religioso completamente desconhecido.
5.2.4 Os indivíduos que se redescobrem em sua própria religião (re-afiliado) estão descobrindo sua tradição que estava se perdendo.
5.2.5 Reconhecer o caráter exemplar da figura do convertido é atentar que essa figura perpassa a história de todas as tradições religiosas.
5.6 Conversões e construções de si em um mundo de indivíduos
5.6.1 O convertido cumpre um postulado de que a identidade religiosa para ser autêntica tem que ser uma identidade escolhida.
5.6.2 A Bíblia é apresentada como o objeto ativador da conversão. Esta conversão serve para incorporar em um meio afetivo que oferece um apoio comunitário a construção da identidade pessoal.
5.6.3 O budismo tem meios de se ajustar aos problemas da modernidade, e esta modernidade lhe permite oferecer um contraponto cultural plausível para a contestação antimoderna e a aspiração utópica de um mundo diferente.
5.7 O convertido, figura exemplar do crente
5.7.1A figura do convertido permite construir uma representação renovada de uma Igreja aberta, apresentada como comunidade catecumenal ampliada para seu público nornal.
5.7.2 Do candidato a conversão a Igreja quer que este tenha uma preparação catecumenal que dure, pelo menos dois anos, esta preparação é constituída de sete etapas ritualmente demarcadas.
6 As comunidades sob o regime do individualismo religioso
6.1 Individualismo religioso e individualismo moderno
6.1.2 Pode-se considerar a cena religiosa moderna como uma cena em movimento, e as figuras do convertido e do peregrino destacam que o indivíduo está no centro dela.
6.1.3 A modernidade religioso individualista
6.1.4 O individualismo religioso de orientação intramundana oriundo da Reforma teria preparado diretamente e enunciado a emergência da concepção moderna do indivíduo, e aberto assim o caminho para o advento da democracia.
6.1.5 O individualismo calvinista nega a autonomia do indivíduo, em contradição com o individualismo racionalista oriundo das Luzes.
6.1.6 O que caracteriza o cenário religioso contemporâneo é a absorção do individualismo religioso: o caso da nebulosa místico-esotérico.
6.1.7 Os grupos e redes da nebulosa místico-esotéricos constituem um instrumento de análise da realidade religiosa contemporânea, eles levam as últimas conseqüências as tendências presentes igualmente nos movimentos de renovação postos em marcha pelas religiões históricas.
6.2 Deus próximo, Deus distante: os dois pólos da mutação
6.2.1 O individualismo religioso pré-moderno cristão colocou Deus ao alcance do homem e ao mesmo tempo o afastou da esfera das atividades humanas.
6.2.2 A espiritualidade do católico do século XVII coloca sobre a presença sensível de Deus e sobre a proximidade com a redescoberta da experiência emocional como fonte de viva da fé perseguido pelo movimento pietista.
6.2.3 A centralidade atribuída ao indivíduo pelo pietismo deixaram uma marca profunda na inspiração literária pré-romântica e romântica.
6.2.4 O duismo do século XVIII é portador de uma crítica radical e um cristianismo clerical ao qual reprova a manutenção de um sagrado mítico e de ignorar a revelação à qual se refere.
6.2.5 A espiritualidade das Luzes estabelece-se pela descoberta da proximidade íntima do ser humano com um Deus conhecível e pelo estabelecimento de uma coexistência que garante ao ser humano a possibilidade de afirmar sua autonomia.
6.2.6 A proximidade de um Deus com que a comunicação é possível, fácil e afetivamente gratificante o torna mais operador da satisfação pessoal do indivíduo.
6.3 Religiosidade moderna e busca de poder: a busca de uma nova aliança com a ciência
6.3.1 Os esoterismo místicos que testemunham a busca de uma prática espiritual individual que dá acesso a um conhecimento e uma nova abordagem do mundo é um componente da nebulosa místico-esotérico.
6.3.2 A unidade divina circunscreve originalmente todas as coisas, elas desenvolvem sem cessar pela emanação.
6.4 Individualização do crer e comunicação religiosa
6.4.1 Crer sem pertencer significa que o indivíduo da à sua busca espiritual um sentido religioso, isto é, quando ele estabelece um vínculo entre sua solução crente pessoal e uma tradição crente instituída à qual ele se reporta de maneira livre.
6.4.2 A expansão da espiritualidade moderna do indivíduo impede a recomposição do vínculo religioso constituído na afirmação de uma verdade partilhada por uma comunidade passada sob qualquer forma que seja.
6.4.3 Na validação comunitária do crê, os crentes convictos assumem certezas partilhadas em formas comuns de organização da vida cotidiana e de ação no mundo.
6.4.4 O regime de validação institucional do crer remete à autoridade religiosa o cuidado de confirmar as crenças e praticas dos fiéis, seu critério é o da conformidade das crenças e das práticas para com a norma fixada pela instituição.
6.4.5 Em regime de validação mútua, é na confrontação intersubjetiva que se evidencia a verdade do crer, o critério é o da autenticidade da busca individual que aí se exprime, para cada um daqueles que fazem parte do grupo.
6.4.6 Os líderes carismáticos podem exercer um papel na conformação institucional de grupos ou de redes organizadas inicialmente sobre a base de uma validação comunitária ou mútua do crer comum.
6.7 Igreja, seita, mística
6.7.1 A Igreja é a comunidade natural no seio do qual se nasce, a seita é o agrupamento voluntário de crentes no qual se entra após uma conversão pessoal.
6.7.2 Enquanto a Igreja empenha em incorporar o maior número possível de fiéis, a seita se abre exclusivamente a indivíduos religiosamente qualificados.
6.7.3 A rede mística é uma forma de agrupamento cristão que tem sua justificação teológica no fato de Jesus Cristo não ter criando, pessoalmente, nenhuma igreja, nem seita.
6.7.4 A rede mística fundada sobre a idéia da presença em cada pessoa do princípio divino, concepção imediata, sensível e anti dogmática da experiência cristã rejeita as formulações doutrinais fixas e todas as formas de organização comunitária.
6.7.5 A Igreja põe em marcha um regime de validação institucional do crer; a seita possui apenas a validação comunitária, em referência direta com a Escritura; a rede mística rienta-se para a validação mútua.
6.7.6 A tipologia dos regimes de validação serve para identificar momentos característicos da trajetória de um grupo religioso no tempo e também para identificar formas estabilizadas e distintas de comunalização religiosa.
6.8 O duplo movimento da “desinstitucionalização” do religioso
6.8.1 Todas as igrejas cristãs e o conjunto das instituições religiosas atualmente se confrontam com o enfraquecimento de sua própria capacidade reguladora.
6.8.2 As instituições religiosas devem enfrentar (interna e externamente) a pluralização dos pequenos regimes da validação comunitária que opões ao movimento precedente a resistência de modelos fortes da verdade partilhada.
7 Instituições em crise, laicidade em pane
7.1 A questão do “poder religioso”
7.1.1 Há um desenvolvimento de novas comunidades, que se organizam fora das estruturas territoriais da sociedade católica e suscitam suas próprias filiais.
7.1.2 Entre os protestantes, a regulação do crer é assegurada pelo teólogo, encarregado de um magistério ideológico que regula, em princípio, a diversidade das interpretações individuais e comunitárias possíveis da Escritura.
7.1.2 Devido ao mosaico de grupos e de associações que forma o islã da diáspora revela precisamente um islã perpassado por múltiplas tendências (das mais extremas às menos ortodoxas) ele poderia ser o revelador paradoxal de toda essa paisagem religiosa.
7.1.3 Pode-se observar um aumento da potência de um regime comunitário de validação do crer e o desdobramento de um regime de validação mútuo do crer dentro de uma nebulosa fuida de redes espirituais.
7.2 A laicidade: um sistema de regulação institucional do religioso na República
7.2.1 O catolicismo (em 1789) legitimava as instituições políticas, regia o tempo e o espaço da vida coletiva, controlava o estado civil, o ensino, a medicina e as instituições sociais na França.
7.2.2 Quando o Antigo Regime desaba a legitimidade da monarquia perde seu fundamento, há uma liberdade religiosa e em várias ocasiões, a Assembléia rejeita o catolicismo como religião do Estado.
7.2.3 Em 1905, a Lei de separação que separava a Igreja do Estado foi votada, a partir daí a religião passou a ser um assunto privado.
7.2.4 Para que o judaísmo se tornasse uma religião reconhecida perante o Estado, foi necessário que se constituísse como uma confissão dotada de uma autoridade central e que definisse um culto particular.
7.2.5 A República somente pôde combater e vencer a força da Igreja Católica opondo-lhe o contra modelo de uma verdadeira religião civil (pág. 195)
7.3 A questão do Islã
7.3.1 Os muçulmanos nascidos na França tem muita dificuldade de integração social e profissional, e são vulneráveis à ameaça de exclusão.
7.3.2 Os jovens muçulmanos franceses tentam fazer da religião o lugar da conquista por uma dignidade, reivindicam um islã do qual se apropriam como uma dimensão fundamental de sua identidade cultural e social.
7.3.3 Na França o islã existe em três níveis de estrutura concorrentes: - pequenas comunidades organizadas localmente; - associações estabelecidas pelos Estados estrangeiros; e - as leigas islâmicas que apóiam a problemática das minorias muçulmanas.
7.4 A religião “incontrolável”: o DOSO das seitas
7.4.1 Os grupos socialmente designados como seita podem definir suas crenças comuns, que se autodenominam religiões onde a liberdade de crenças é absoluta.
7.4.2 Nos Estados onde a liberdade religiosa é garantida, a designação pública de uma religião má postula que a definição de uma boa religião boa, possa ser-lhe contraposta.
7.4.3 As religiões socialmente toleráveis são aquelas que se inscrevem no quadro das religiões históricas.
8 Conclusão
8.1 A laicidade é questionada pelas mudanças que fragilizam o ideal universalista sobre o qual se repousa.
8.1.1 É aceitar colocar-se a si mesmo na dependência desse sistema.
8.1.2. A desregulamentação institucional e a pluralização do religioso não obriga apenas o Estado laico a reorganizar o dispositivo de repressão dos abusos cometidos em nome da liberdade religiosa.
8.13. A existência de um regime implicito impõe a Estado assumir a racionalização do debate suscitado pela delimitação prático do exercício dessa liberdade.
8.1.4 O reconhecimento da contribuição democrática das diferentes famílias espirituais desenvolveu enriquecimento de laicidade que constitui um vetor possível de mediação nos conflitos que são expressão e resultado da crise republicana.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ótimo fichamento. Sou aluno na mesma universidade e estou lendo esse livro para realizar um trabalho e fim de curso.

Ass. Hugo

Anônimo disse...

Vc devia aprender a escrever, muanbeiro? inadiplente?